Um dia você também vai ter um em casa

O professor japonês Hiroshi Ishiguro apresentou ontem um androide feminino que pode sorrir e imitar algumas expressões humanas. Usando um sistema de captura de movimentos, o robô, chamado Geminoid TMF, pode, sem maiores dificuldades, movimentar o seu rosto de borracha.

O professor Ishiguro desenvolveu o Geminoid juntamente com uma equipe de pesquisa, com o apoio de uma empresa japonesa especializada na fabricação de robôs.

O modelo apresentado à imprensa foi construído totalmente baseado em uma jovem japonesa. “Eu me senti como se tivesse uma irmã gêmea”, disse ela ao Daly Mail.

Eles ainda não são maioria, mas são a maior atração das feiras de tecnologia em todo o mundo. Na última Ceatec, realizada em setembro no Japão, os robôs cantaram, apostaram corrida, equilibraram-se em cima de bicicletas – tudo para provar a tese de que, muito em breve, podem se tornar o melhor  amigo do homem.

No front da nova geração estão os robôs humanoides, com características cada vez mais humanas. No mês passado, a maior feira de produtos e novidades para o setor de segurança no trabalho surpreendeu ao mostrar um robô parecido com um homem, mas que apresentava sintomas de gripe A (H1N1), mais conhecida como gripe suína. Ele foi desenvolvido para dar um caráter mais realista ao treinamento de médicos e paramédicos de hospitais. Além de ser recoberto com um material muito semelhante à pele humana, o robô também suava, tinha convulsões, gemia e até chorava.

Na busca para desenvolver a próxima geração de robôs – seja para uso doméstico ou empresarial – as grandes companhias estão investindo mesmo em tempos de crise. A coreana KAIST (Korean Advanced Institute of Science & Technology) colocou US$ 5 milhões no desenvolvimento de um projeto em maio deste ano. A Toyota divulgou planos de dobrar sua equipe de engenheiros e cientistas de robótica para 200 profissionais em 2010. No planejamento da companhia consta que seu maior objetivo é transformar a robótica em seu principal negócio até 2020 – aplicando a tecnologia na criação de carros que fariam tudo pelo passageiro, inclusive falar.